O ácido fólico é uma vitamina do complexo B, com um papel vital na formação e no funcionamento do sistema nervoso assim como no desenvolvimento das células e produção dos glóbulos vermelhos.
Na gravidez, as necessidades nutricionais de ácido fólico estão aumentadas comparativamente com as necessidades nutricionais de uma mulher que não esteja grávida. Enquanto na população geral as necessidades nutricionais de ácido fólico são de 0,4mg/ dia, numa grávida as necessidades são de 0,6mg/dia.
O aumento da necessidade desta vitamina começa logo no momento da conceção do feto devido à inicial expansão dos tecidos maternos (como o sangue, o útero, entre outros) e posteriormente ao longo da gravidez, à medida que o bebé desenvolve de tamanho.
As mulheres na idade fértil, e especialmente as que planeiam a gravidez, são aconselhadas a controlar o seu aporte de ácido fólico para que disponham das reservas necessárias para a conceção. Numa gravidez planeada, por indicação médica, é aconselhado que a mulher inicie a suplementação de ácido fólico 2 meses antes de engravidar, devendo continuar a suplementação durante toda a gravidez, de acordo com as indicações médicas.
De acordo com a OMS (2013), a suplementação de ácido fólico é recomendada como parte da assistência pré-natal para reduzir o risco de ocorrerem malformações no feto, nomeadamente no tubo neural que é formado logo no primeiro mês de gestação, sendo o sistema nervoso primitivo do bebé e também para reduzir o risco de anemia materna. Ao longo do crescimento do bebé, o tubo neural desenvolve-se para a formação do cérebro e da medula espinhal.
Para além da suplementação, a gravida pode obter ácido fólico através de fontes alimentares seguras, a partir do consumo de citrinos, gema de ovo bem passada, leguminosas (feijão, grão, ervilha, fava, queijos pasteurizados e hortaliças verdes cruas desinfetadas ou cozidas.